O melhor presente de Natal
Era uma vez uma família humilde que vivia na Rua Direita, junto aos antigos Paços do Concelho e muito perto da Igreja Matriz de uma terra cheia de pergaminhos e de história. Como todas as famílias, preparava-se para o Natal, mas a escassez de recursos não lhe permitia comprar mais do que o bacalhau para a noite de consoada. Aliás, a ceia era ainda incerta, dado que a mulher se encontrava em fim de tempo e o parto poderia acontecer a qualquer momento... até na própria noite de Natal. Sem presentes para dar, esta família preparava-se, contudo, para receber o melhor dos presentes.
Apesar de se chamar Aurora, essa mulher não fazia ideia de quando tal poderia ocorrer. Imaginava que as dores de parto viriam a ser intensas, mas, como todas as grávidas, sabia que a alegria pelo nascimento de um filho seria incomparavelmente maior. O momento tão ansiado acabou por acontecer pouco antes do romper da aurora, no solstício de Inverno e a poucos dias da celebração do Natal, a festa do verdadeiro Sol Nascente.
Pelas 6h 45 do dia 22 de dezembro de 1968 – o sino tinha tocado festivamente um pouco antes, a convocar os fiéis para a Eucaristia do IV Domingo do Advento -, depois de nove meses no santuário materno, o menino, sem a noção de perda e de sofrimento que isso lhe acarretaria, ousou nascer. Madrugador e ousado são, por isso, dois adjetivos que........





















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