Há por aí correntes neocomunistas, inseridas profusamente no Bloco de Esquerda, com mais ou menos intensidade no PS, no Livre, no PAN, bem como nos setores menos ortodoxos do PCP que, a coberto do regime democrático, tentam disseminar as suas ideias sócio-comunistas.

O neocomunismo é o novo comunismo do séc. XXI, nova derivação comunista, que é o resultado da grande derrota que esta ideologia teve no séc. XX.

O que o neocomunismo pretende é alcançar os mesmos resultados que o comunismo no século passado, sem a ditadura do proletariado, sem a ostensiva luta de classes e sem a revolução.

No entanto, tal como anteriormente, os neocomunistas acham que têm uma consideração moral – aliás falida – de se perpetuarem no poder, recorrendo desta vez ao regime democrático.

Assim pretendem, como na Venezuela ou no Brasil de Lula, colocar o máximo de pessoas dependentes do Estado, sem nunca dar possibilidade às pessoas de subir na vida e se desligarem dele, sem grande possibilidade de opção e fazer com que a maior parte do povo, amarrado ao Estado para sobreviver, veja no voto nesses partidos a única solução para viverem.

É um tipo de Síndrome de Estocolmo cuja vítima é o povo.

A consequência nefasta disso, entre muitas outras, é termos sempre altos impostos e os portugueses nunca conseguirem alcançar o nível de vida dos povos europeus mais desenvolvidos.

Outra marca do neocomunismo é o desenvolvimento da ideologia do género e na sua profusão nas escolas, principalmente pelas crianças para as doutrinar deste o seu crescimento. É também comum entre os neocomunistas classificarem como fascistas, de extrema-direita, de opressores, de ultrapassados, entre outros epítetos, todos aqueles que não concordem com as suas ideias, sejam pessoas de esquerda, do centro ou de direita. Estão sempre a julgar negativamente quem não concorda com eles com a intolerância típica do comunismo do século passado.

A título de exemplo, basta ver o tipo de argumentação do comentador Daniel Oliveira que está sempre a classificar negativamente as atitudes ou as pessoas que não estão de acordo com ele, fazendo de juiz das consciências.

O neocomunismo tenta também refazer a História portuguesa ou de a condenar principalmente na época dos Descobrimentos, tentado que a mesma seja vista à luz de hoje e não à da época.

Os anteriores governos socialistas, embora democráticos, aqui e ali, tiveram laivos de tudo isto ao longo da sua governação nos últimos 28 anos.

A questão da modificação do novo logotipo, feita pelo anterior governo socialista, insere-se nisto mesmo.

Em primeiro lugar foi incrível o atrevimento do comentador Ricardo Costa, irmão do Primeiro- Ministro cessante que, antes mesmo do governo tomar posse, parecia que queria dar instruções ao novo Primeiro-Ministro sobre a não alteração do logotipo, bem com a ulterior argumentação estapafúrdia dada quando se apercebeu da mudança.

Dizia o anterior governo socialista que o logotipo criado no seu tempo “é um símbolo novo e distinto, representativo do Governo e da República” e que se representa uma imagem “inclusiva, plural e laica”.

O Primeiro-Ministro Luis Montenegro, no cumprimento de uma promessa eleitoral, mudou o logotipo logo no inicio da sua governação o que faz todo o sentido e que também representa um sentido de mudança com a governação socialista.

Aos críticos da necessidade da atual mudança do logotipo é preciso retorquir que essa critica é totalmente dirigida ao governo anterior. Foi o governo anterior que quis a mudança de um logotipo que existe há mais de doze anos e que serviu vários governos.

O que se subentende da argumentação dada pelo anterior governo socialista é que a nossa bandeira e, já agora, o nosso hino nacional, não são inclusivos, plurais e laicos.

O resultado da revolta das pessoas pelo novo simbolismo administrativo do anterior governo é que, além de incluir na sua conceção uma crítica à nossa Historia, pela eliminação de um dos seus maiores símbolos, também representa um passo para que, mais tarde, se possa alterar a nossa bandeira e, já agora, o hino nacional, indo no sentido de condenação da nossa História, como defende o atual neocomunismo.

Toda a gente, menos distraída, entendeu isto!

Além do mais, o anterior logotipo, também falhava na nossa identidade nacional porque não era distintivo em relação a outros países que também usam as nossas cores ou algumas delas.

Outro argumento que não colhe é o argumento que o antigo e felizmente atual logotipo apresenta várias fragilidades na aplicação das plataformas digitais.

Era só o que faltava os símbolos identitários da nossa Nação fossem alterados por imposições digitais! É precisamente o contrário, os instrumentos digitais é que têm de se adaptar à nossa identidade nacional.

QOSHE - O neocomunismo e o logotipo - Joaquim Barbosa
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O neocomunismo e o logotipo

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10.04.2024

Há por aí correntes neocomunistas, inseridas profusamente no Bloco de Esquerda, com mais ou menos intensidade no PS, no Livre, no PAN, bem como nos setores menos ortodoxos do PCP que, a coberto do regime democrático, tentam disseminar as suas ideias sócio-comunistas.

O neocomunismo é o novo comunismo do séc. XXI, nova derivação comunista, que é o resultado da grande derrota que esta ideologia teve no séc. XX.

O que o neocomunismo pretende é alcançar os mesmos resultados que o comunismo no século passado, sem a ditadura do proletariado, sem a ostensiva luta de classes e sem a revolução.

No entanto, tal como anteriormente, os neocomunistas acham que têm uma consideração moral – aliás falida – de se perpetuarem no poder, recorrendo desta vez ao regime democrático.

Assim pretendem, como na Venezuela ou no Brasil de Lula, colocar o máximo de pessoas dependentes do Estado, sem nunca dar possibilidade às pessoas de subir na vida e se desligarem dele, sem grande possibilidade de opção e fazer com que a maior parte do povo, amarrado ao Estado para sobreviver, veja no voto nesses partidos a única solução para viverem.

É um tipo de Síndrome de Estocolmo cuja vítima é o povo.

A........

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