Tal como acontece em outras culturas, a gravidez é considerada uma fase de bastante importância e com determinados cuidados, contudo as práticas e crenças diferem ao redor do mundo.
Na cultura chinesa acredita-se que a idade da mãe seja um factor determinante no sexo do bebé. Assim, de acordo com essa crença, a probabilidade de ter um rapaz ou rapariga é ditada pelo cruzamento da idade da mãe com o mês de concepção.
Sendo o vermelho considerada uma cor auspiciosa e frequentemente associada à boa sorte e felicidade, durante o período da gestação é comum as chinesas usarem roupa interior dessa cor ou amarrarem uma fita vermelha na barriga de forma a proteger o bebé e atrair energia positiva.
No que diz respeito à alimentação a dieta da grávida deve priorizar alimentos considerados “quentes” no Feng Shui, sendo exemplo o gengibre, alho, carne de porco, algas e caldos de frango.
A grávida é desencorajada de praticar exercício físico pois acreditas-se que o descanso ajuda a preservar a energia vital da mãe e, consequentemente, o saudável desenvolvimento do feto.
Durante o período da gravidez também são desaconselhadas a comparecer em funerais, costurar, manusear objectos sujos e afiados, sendo que estes actos podem trazer energias negativas e afectar o temperamento do bebé.
Não é de estranhar que as chinesas fiquem estupefactas quando vêem ocidentais grávidas a praticar exercício físico, a conduzir de barrigão, a carregar os sacos do supermercado ou simplesmente a comer determinados alimentos vistos como prejudiciais na cultura local. Em Macau, é comum, grávidas chinesas locais, que caminham lenta e cuidadosamente, cruzarem-se com grávidas ocidentais de passo apressado e de saltos altos. Ainda assim, se prestarmos atenção, não conseguimos deixar de reparar no sorriso cúmplice que ambas trocam, transparecendo a felicidade de terem um bebé na barriga e o mútuo desejo que tudo corra pelo melhor.
Práticas e crenças à parte é transversal, e dada como máxima prioridade, a saúde e bem-estar do feto e da gestante.