O ano de 2023 não deixa saudades face à situação global e nacional. A guerra injustificada da Rússia contra a Ucrânia continua e está longe do fim. No Médio Oriente, começou uma outra guerra, depois de um ataque bárbaro efetuado pelo grupo terrorista Hamas. O Irão endureceu as ações criminosas contra o seu povo, executando manifestantes, alguns deles menores. Em vários países da América Latina, como na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua e na Bolívia, há um aumento do número de presos políticos. As violações dos direitos humanos continuam perante o silêncio e a passividade das democracias. A China, também ela uma ditadura violadora dos direitos humanos, espera pacientemente pelo melhor momento para invadir Taiwan e, em simultâneo, vai aumentando a sua influência, ocupando cada vez mais “espaço” na América Latina e em África. O radicalismo aumentou à escala global, havendo um maniqueísmo político que o acelera.
Também na UE verificamos violações do Estado de Direito à esquerda e à direita. Em Espanha, o socialista Pedro Sanchez perdeu as eleições, mas acordou uma amnistia para condenados pela justiça para se tornar o chefe de governo. Há uma evidente corrupção política: a amnistia de crimes graves é acompanhada de um perdão de dívida à Catalunha a troco de votos do grupo independentista da Catalunha. Se tal tivesse sido concretizado por um partido de direita, como iria reagir a esquerda portuguesa e europeia? A arrogância da esquerda e a sua ideia de supremacia chega ao cúmulo de aceitar e resignar-se com a violação do Estado de Direito desde que tal beneficie a sua área política.
Em 2023, em Portugal, assistimos a um contínuo apodrecimento da governação socialista com escândalos e demissões. Membros de gabinete de João Galamba que se agrediram fisicamente, um computador resgatado pelo SIS, um ministro, Pedro Nuno Santos que despacha levianamente uma indemnização de 400 mil euros através do Whatsapp e que toma uma decisão relativa ao aeroporto sendo de imediato desautorizado pelo Primeiro-Ministro. A pergunta impõe-se: quem saiu do governo porque não servia, nem tinha condições para ser ministro, tem agora condições de ser Primeiro-Ministro? Há um evidente descaramento, uma gritante inimputabilidade dos socialistas a que os portugueses devem pôr fim. Para aumentar o espanto, António Costa pediu a demissão depois de uma investigação onde foram encontrados mais de 75 mil euros em dinheiro no espaço de trabalho do seu chefe de gabinete Vítor Escária. Não há desculpa para este descalabro.
Os resultados da governação socialista são muito fracos, apesar das excelentes condições de que dispuseram: uma maioria absoluta na Assembleia da República, um Presidente da República cooperante e uma chuva de milhões de euros dos fundos europeus. O governo de António Costa aumentou a pobreza em Portugal, piorou o Sistema Nacional de Saúde e a escola pública.
Estamos mais pobres e, ironicamente, nunca Portugal teve tanto dinheiro! Portugal viu novamente o seu PIB per capita a cair.
O número de portugueses em situação de pobreza aumentou. Temos 460 mil trabalhadores em situação de pobreza. Somos o único país na UE onde o salário médio diminuiu. Os portugueses com rendimentos de 918 euros por mês estariam numa situação de pobreza em 11 Estados-Membros da UE - é uma situação inquietante!
A situação do Serviço Nacional de Saúde piorou em 2023, sendo atualmente muito grave e preocupante. Há cada vez mais doentes que não são tratados atempadamente, grávidas que têm de se deslocar vários quilómetros para poderem ter os seus filhos e o tempo de espera nas urgências atinge valores insuportáveis. Além disso, ao contrário do que os socialistas prometeram, existem mais de 1,6 milhões de portugueses sem médico de família e mais de 51 mil utentes em lista de espera. Os mais pobres são os mais prejudicados porque não conseguem usar os serviços dos privados. É urgente reanimar o SNS! Mais uma vez, a ideologia socialista radical quis dispensar os privados, tendo acabado com parcerias público-privadas que funcionavam bem, como o Hospital de Braga. As sinergias entre o setor público, o setor privado e o sector social devem ser promovidas!
Na edição do PISA de 2022, naquela que é a maior avaliação internacional na área da educação, os alunos portugueses foram dos que mais pioraram o seu desempenho em todas as áreas analisadas. O Governo socialista já veio afirmar que a culpa foi da pandemia como se os seus efeitos não tivessem sido para todos os países.
A habitação foi outra promessa falhada. A situação piorou com uma legislação radical onde se aprovou a possibilidade do arrendamento coercivo. É o resultado do ataque aos proprietários, fruto da ideologia extremista de esquerda. O governo, em vez de fomentar a oferta e reduzir impostos para a aquisição de habitação, prefere atacar os privados.
O PS merece castigo! Estou convicto de que em 2024 teremos um governo liderado por Luís Montenegro. É a alternativa segura! Luís Montenegro tem competência, propostas e uma equipa que trará o rumo certo a Portugal!
Desejo a todos os leitores um Santo e Feliz Natal!

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“2023: o ano das trapalhadas, da...”

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21.12.2023

O ano de 2023 não deixa saudades face à situação global e nacional. A guerra injustificada da Rússia contra a Ucrânia continua e está longe do fim. No Médio Oriente, começou uma outra guerra, depois de um ataque bárbaro efetuado pelo grupo terrorista Hamas. O Irão endureceu as ações criminosas contra o seu povo, executando manifestantes, alguns deles menores. Em vários países da América Latina, como na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua e na Bolívia, há um aumento do número de presos políticos. As violações dos direitos humanos continuam perante o silêncio e a passividade das democracias. A China, também ela uma ditadura violadora dos direitos humanos, espera pacientemente pelo melhor momento para invadir Taiwan e, em simultâneo, vai aumentando a sua influência, ocupando cada vez mais “espaço” na América Latina e em África. O radicalismo aumentou à escala global, havendo um maniqueísmo político que o acelera.
Também na UE verificamos violações do Estado de Direito à esquerda e à direita. Em Espanha, o socialista Pedro Sanchez perdeu as eleições, mas acordou uma amnistia para condenados pela justiça para se tornar o chefe de governo. Há uma evidente corrupção política: a amnistia de crimes graves é acompanhada de um perdão de dívida à Catalunha a troco de votos do grupo independentista da Catalunha. Se tal tivesse sido........

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