Aproxima-se mais uma época natalícia. Tal como em anos passados, a maioria das famílias portuguesas reúnem-se para celebrar uma das datas mais marcantes do ano. No jantar do dia 24 de dezembro, o tradicional mistura-se com o vanguardismo e contemporâneo para proporcionar momentos agradáveis em família para todos.
Para além de momentos de alegria e união, o Natal é uma época de fartura nas mesas das famílias portuguesas, onde, por vezes, existe até um consumismo exacerbado. Para além do típico bacalhau, outros produtos entram nas nossas casas aumentando assim a variedade e a qualidade dos pratos portugueses. Aliado aos bens alimentares, as prendas natalícias fazem as alegrias de crianças e adultos aumentando ainda mais o espírito da quadra natalícia.
Certamente que os mais adultos se recordam da enorme mudança de hábitos e consumos que as famílias portuguesas observaram nesta quadra natalícia desde que Portugal se juntou à União Europeia (UE). Agora, a maior parte das famílias tem um acesso mais facilitado a produtos alimentares de várias origens e de várias qualidades certificadas pelos maiores níveis de segurança e de qualidade provenientes dos regula- mentos euro- peus.
É também um fato inegável que, se tal acontece, deve-se em grande parte ao contributo positivo que a UE e os seus decisores políticos acrescentaram à sociedade europeia ao longo dos anos. Podemos mesmo afirmar que a UE está presente em todos os momentos de uma ceia de Natal de qualquer família portuguesa. Passamos então a explanar algumas das formas em que a UE chega até ás mesas dos portugueses.
Em primeiro lugar, gostaríamos de falar do principal alimento do Natal: o bacalhau. Este peixe é proveniente das águas do norte do Atlântico e pescado em países como a Noruega, a Islândia e a Dinamarca. Como percebemos pelos países supramencionados, este é um bem alimen- tar importado de países que fazem parte do Espaço Económico Europeu - uma área geográfica que permite a livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais entre os países membros da UE e os países da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA). Assim, numa situação de inexistência da UE, a possibilidade de importar ou pescar bacalhau nestas águas ficaria ao livre arbítrio dos acordos bilaterais de Portugal com estes países, o que faria com que o preço fosse mais caro do que atualmente.
Em segundo lugar, os brinquedos vendidos na UE e certificados pela marca CE determinam que estes foram aprovados e encontram-se em conformidade com as normas de segurança aplicáveis na UE. Desde o início do século que a UE tem desempenhado um papel decisivo para a segurança dos brinquedos, aprovando diretivas que aumentam os níveis de qualidade e de segurança dos brinquedos, ao mesmo tempo que se pretende ajudar os consumidores a tomar decisões adequadas nas escolhas dos brinquedos para as crianças.
Em terceiro lugar, não podemos questionar a importância das compras online na sociedade europeia. Graças à UE, os cidadãos europeus têm acesso a uma multiplicidade de serviços online que proporciona a aquisição de produtos e serviços a preços competitivos. Os cidadãos gozam ainda de um Mercado Único que permite o envio des- tas mercadorias sem ter que se pagar impostos alfandegários, acrescentando ainda a existên-cia da moeda única “EURO” que elimina quaisquer taxas de câmbio dentro da zona EURO.
Em conclusão, a UE tem um impacto profundo e positivo na forma como as famílias portuguesas celebram o Natal. Desde a mesa de jantar, onde o bacalhau importado é servido, até às prendas debaixo da árvore, certificadas pela marca CE, a presença da UE é inegável. Através da sua regulamentação, a UE garante a segurança, a qualidade e a acessibilidade dos produtos que enriquecem a nossa celebração natalícia. Além disso, a facilidade das compras online, proporcionada pelas políticas da UE, permite que os cidadãos europeus tenham acesso a uma variedade de produtos e serviços a preços competitivos.
Assim, a UE não só protege os consumidores, mas também enriquece a nossa experiência de Natal, tornando-a mais segura, diversificada e alegre. É verdadeiramente notável como a UE está entrelaçada na tapeçaria das nossas celebrações natalícias, realçando o espírito de união e partilha que é tão característico desta época festiva.

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“A União Europeia na ceia de Natal...”

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14.12.2023

Aproxima-se mais uma época natalícia. Tal como em anos passados, a maioria das famílias portuguesas reúnem-se para celebrar uma das datas mais marcantes do ano. No jantar do dia 24 de dezembro, o tradicional mistura-se com o vanguardismo e contemporâneo para proporcionar momentos agradáveis em família para todos.
Para além de momentos de alegria e união, o Natal é uma época de fartura nas mesas das famílias portuguesas, onde, por vezes, existe até um consumismo exacerbado. Para além do típico bacalhau, outros produtos entram nas nossas casas aumentando assim a variedade e a qualidade dos pratos portugueses. Aliado aos bens alimentares, as prendas natalícias fazem as alegrias de crianças e adultos aumentando ainda mais o espírito da quadra natalícia.
Certamente que os mais adultos se recordam da enorme mudança de hábitos e consumos que as famílias portuguesas observaram nesta quadra natalícia desde que Portugal se juntou à União Europeia (UE). Agora, a maior parte das famílias tem um acesso mais facilitado a produtos alimentares de várias origens e de várias qualidades certificadas pelos maiores níveis de segurança e de qualidade provenientes dos regula-........

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