Formada no Ceub, com passagem pelo Jornal de Brasília. Jornalista do Correio Braziliense desde 1998.

É inegável — e as ações mostram isso — a disposição do governo atual de fazer o Brasil voltar a ser um exemplo de imunização. Sem a retomada das altas coberturas vacinais, o país abre a porta para a reintrodução de doenças que estavam erradicadas ou controladas por aqui. Obviamente, essa postura responsável é um dever do Estado, mas foi negligenciada na gestão anterior.

Lembro aqui: tivemos quatro anos de um governo negacionista da ciência. Consequentemente, houve escassez de campanhas de comunicação — outrora feitas massivamente — alertando a população para a importância da vacinação. Na pandemia da covid-19, foi o horror. Demora na compra de imunizantes, reiteradas tentativas de demover a população de tomar as doses e apologia ao uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra o vírus. Proliferaram, também, as fake news sobre vacinas.

Nesta gestão do Ministério da Saúde, são múltiplas as ações para retomar as coberturas vacinais no patamar preconizado pela Organização Mundial da Saúde — de ao menos 95%. E os resultados estão aparecendo. Ao fim do ano passado, oito imunizantes recomendados para o público infantil registraram aumento na cobertura em relação a 2022.

Agora, o Brasil vai se tornar o primeiro país a oferecer vacina contra a dengue gratuitamente na rede pública de saúde. A imunização está prevista para começar no mês que vem. A prioridade será para crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 16 anos, mas, como o número de doses é limitado, somente 2,5 milhões desse público serão atendidos.

O fato de haver apenas 5 milhões de doses disponíveis — a imunização ocorre em duas etapas — fez a ministra Nísia Trindade ser alvo de críticas, inclusive de apoiadores do governo negacionista! Ela explicou que a vacina não está acessível em maior número, neste momento, porque o laboratório responsável pela produção tem disponibilidade limitada de doses.

Pelo empenho do ministério, desde o início do governo, para levar à população a proteção garantida por vacinas, tenho convicção de que tudo será feito para vencer esse obstáculo o mais breve possível.

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Análise: Empenho pela vacinação

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18.01.2024

Formada no Ceub, com passagem pelo Jornal de Brasília. Jornalista do Correio Braziliense desde 1998.

É inegável — e as ações mostram isso — a disposição do governo atual de fazer o Brasil voltar a ser um exemplo de imunização. Sem a retomada das altas coberturas vacinais, o país abre a porta para a reintrodução de doenças que estavam erradicadas ou controladas por aqui. Obviamente, essa postura responsável é um dever do Estado, mas foi negligenciada na gestão anterior.

Lembro aqui: tivemos quatro anos de um governo negacionista da ciência. Consequentemente, houve escassez de campanhas de comunicação — outrora feitas massivamente — alertando a população........

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