menu_open
Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

O financismo ataca mais uma vez

27 0
28.05.2024

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

A campanha orquestrada pela nata de nossas elites financeiras contra qualquer medida de apoio a políticas públicas dirigidas à maioria da população brasileira teve início antes mesmo da votação e promulgação de nossa nova Constituição em 1988. Em julho daquele ano, O Presidente da República, José Sarney, foi à televisão alertar que o Brasil se transformaria em um país “ingovernável” caso o projeto da nova Carta fosse aprovado pelos constituintes. Essa estratégia de criar um ante clima do apocalipse se manteve ao longo de todo o período até os dias de hoje. Mas o fato é que meses depois daquela ameaça, o texto foi aprovado por uma ampla maioria. À época ele dizia que os riscos envolviam uma

(...) “brutal explosão dos gastos públicos” (...)

A realidade é que o nosso País adotava um conjunto de regras para o futuro de suas gerações, um horizonte que se abria com o fim da ditadura militar, com a adoção de propostas que iam na contramão das recomendações que o paradigma do Consenso de Washington espalhava pelo resto do mundo. Enquanto a regra geral era aquela do Estado mínimo, por aqui a nova Constituição apontava para um modelo um pouco inspirado nas experiências do Estado de Bem Estar Social dos países europeus. Assim, o texto não estabelecia nenhuma prioridade para processos de privatização de empresas estatais. Aliás, pelo contrário, os dispositivos apontavam para a necessidade da presença pública em setores estratégicos e para a oferta de serviços sociais básicos pelo governo. Esse é o caso da educação, da saúde e da previdência social, dentre tantos outros.

As elites e a Constituição de 1988 - Apesar da aprovação do documento, as tentativas para sua revisão e alteração nunca mais saíram da agenda do conservadorismo liderado pelo capital financeiro. O Brasil atravessou todas as décadas de hegemonia do neoliberalismo e sofreu as consequências de tais proposições. Assim foram os processos de privatização ocorridos ao longo da década de 1990 e a generalização das ideias de liberalização de toda a ordem. No que se refere à introdução do espírito da austeridade fiscal a todo o custo, tivemos a aprovação da Lei Complementar de Responsabilidade Fiscal (LRF) em 2000 e o posterior teto de gastos em........

© Brasil 247


Get it on Google Play