O Escorpião Bolsonarista e o “Relatório” da Extrema-Direita dos EUA
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Antes de tudo, é preciso afirmar que o texto do “relatório” do Committee on the Judiciary and the Select Subcommittee on the Weaponization of the Federal Government é de uma pobreza intelectual abissal. O “relatório” em si tem apenas umas 8 páginas, o resto (mais de 530 páginas) é mera transcrição de decisões da justiça brasileira, algumas com traduções para o inglês, mas a maioria apenas em português, o que indica que o público-alvo prioritário parece ser o brasileiro. Uma tentativa clara de interferir na política interna brasileira.
A parte, assim digamos, “analítica” do “relatório” é fortemente baseada no artigo de Jack Nicas e André Spigariol, intitulado “To Defend Democracy, Is Brazil’s Top Court Going Too Far?”, que foi publicado, em setembro de 2022, no The New York Times.
Não há, portanto, nada de novo, original ou de significativo no “relatório” da extrema-direita parlamentar dos EUA, um somatório confuso e pobre de acusações mentirosas e ofensivas ao Brasil, ao seu poder judiciário e à sua democracia.
Não há sequer a compreensão de que, no Brasil, há separação e independência dos poderes. Na ficção fascistóide produzida, o ministro Alexandre de Moraes é classificado como um “animal político”, com intenções de se tornar presidente da República, e que estaria em conluio com Lula. Ignorância, mentira e preconceito. Nada de novo, no reino parvo e fraudulento da extrema-direita.
O que chama a atenção no “relatório” é, em primeiro lugar, a pretensão imperial da extrema-direita dos EUA de considerar que a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, com a interpretação dada por Trump e aliados, é “universal” e tem de ser imposta a outros........
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