menu_open
Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

De inimigo da classe trabalhadora a conselheiro de Lula, o negócio de Delfim Netto era o poder

4 0
12.08.2024

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Delfim Netto foi um economista influente desde a ditadura até os dois primeiros mandatos de Lula. Foi ministro da Fazenda entre 1967 e 1974, período em que o PIB cresceu muito acima da média mundial e que ficou conhecido como milagre econômico. Em favor da verdade histórica, porém, é preciso registrar que esse milagre teve como base um brutal arrocho dos salários, em consequência da manipulação dos índices de inflação.

Na mesma época, a renda no País ficou mais concentrada. Delfim Netto estava no centro das decisões econômicas, e seu modelo, sintetizado numa célebre frase de sua autoria ("é preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo"), foi duramente criticado por duas lideranças da sociedade civil, que mais tarde governariam o País: Fernando Henrique Cardoso e Lula. Com Delfim, o bolo havia crescido, mas a maioria dos brasileiros ficou fora da festa.

Fundado em 1969 por Fernando Henrique Cardoso e outros intelectuais para abrigar professores e pesquisadores perseguidos pela ditadura, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) denunciou, em estudos alentados, o aumento da desigualdade social e econômica do País na década de 70.

Em 1973, um centro de pesquisas ligada aos sindicatos dos trabalhadores, o Dieese, apurou que, sob Delfim Netto, os índices de inflação tinham sido manipulados. O estudo do Dieese foi confirmado por outras instituições e serviu de base para que, a partir de 1975, um jovem sindicalista iniciasse uma........

© Brasil 247


Get it on Google Play