Dois países, uma língua: português sem complexos
O artigo 9° da Constituição da República Portuguesa diz que “são tarefas do Estado(…) f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa”.
Esta alínea é, não poucas vezes, citada para defender a rigidez conservadora que ainda prima na língua portuguesa.
Ora pois bem, proteger a língua não é condená-la ao conservadorismo linguístico, nem à irrelevância. É saber que num mundo globalizado qualquer língua será influenciada pelos filmes, pela música, pela emigração, pelos memes, pela internet.
O português de Camões não é o nosso: o nosso português é do mundo, é pop, é também da internet e dos jovens.
A própria forma de comunicar dos nossos políticos é anacrónica. Os grandes partidos portugueses do arco governativo ainda usam a linguagem do século........
© Visão
