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O último a digitalizar fecha a porta

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25.03.2025

Portugal volta ao pesadelo vivido pelos navegadores quando se encontraram no cabo das tormentas. À medida que os anos avançam, os bancos e seguradoras do País veem-se encruzilhados entre a tradição e a inovação, lutando para manobrar o poder transformador da tecnologia de marketing (MarTech) num mundo maioritariamente digital.

Ao entrarmos em 2025, o setor financeiro global está a testemunhar uma onda sem precedentes na adoção de MarTech. Inteligência Artificial (IA), machine learning e análise de dados já não são conceitos futuristas, mas ferramentas essenciais para a sobrevivência e crescimento do mercado. As instituições financeiras portuguesas, no entanto, encontram-se em diferentes estágios desta transformação digital. Enquanto os grandes bancos avançam a passos largos na adoção de MarTech, as instituições mais pequenas e muitas seguradoras lutam para acompanhar o ritmo. Esta disparidade está a criar um setor financeiro a duas velocidades que poderá ter implicações a longo prazo no panorama económico nacional, como se tivéssemos metade do País a navegar em caravelas e a outra metade em submarinos nucleares. Estes silos aumentam, em grande parte, pela falta de conhecimento do mercado, das experiência dos clientes e sobretudo das necessidades de adaptação com criação de novos serviços e da melhoria da operação, tornando os processos mais ágeis. 

Não podemos ser naifs e não afirmar que a jornada em direção à adoção de MarTech no setor financeiro português está repleta de desafios. Basta conhecer minimamente o setor para saber que a confusa infraestrutura de IT é praticamente uma marca registada da maioria dos bancos a operar em Portugal. Este tópico representa um obstáculo significativo, pois sistemas obsoletos, profundamente enraizados nas operações diárias, resistem à integração de soluções MarTech modernas, criando uma inércia tecnológica difícil de superar. É como se tentássemos instalar um motor de um cruzeiro num barco à vela – pode parecer uma ideia brilhante, mas a execução é, no mínimo, complicada e improdutiva.

Além disso, o panorama........

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