Master: por suas virtudes, cobram de Moraes prova negativa contra anônimos
Estou de férias. Mas interrompo por um tempo. Vamos lá. Inexiste resposta certa para pergunta errada, especialmente quando a indagação já traz uma tese sorrateira. Será preciso indagar se o ministro Alexandre de Moraes merece alguma forma de "blindagem", para empregar palavra em voga, porque foi personagem central — e continua a ser — no desmantelamento do golpe e na punição de seus protagonistas? Eis a falsa dúvida que já anuncia, dado o contexto, uma conclusão e a execução sumária: "Moraes cometeu um crime e deve ser impichado". A menos, tonitruou um "especialista" em seu próprio Código Penal e em sua própria Constituição, que o magistrado produza a prova impossível e seja ele próprio a demonstrar que não cometeu o crime, livrando seus acusadores do ônus de mostrar a... prova! É inequívoco: entramos na era da "Lava Jato, o Retorno". Os métodos são os mesmos e, em muitos casos, as personagens também. E, parece-me, setores da imprensa repetem procedimentos deletérios. Não se aprendeu nada nem se esqueceu nada.
Vou eu aqui garantir que Moraes e Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, não tiveram conversas estranhas? Não vou. Vou eu negar aqui que Andrei Rodrigues, diretor da Polícia Federal, não se encontrou com o presidente Lula para informar as pressões a que o ministro estaria submetendo a corporação? Também não vou. E, para tanto, nem preciso recorrer a fontes anônimas que jurariam em "off" que nada disso aconteceu. Chamo a atenção de vocês para um método. Se ele se consagra, estamos feitos! Muitos temiam as "deepfakes" produzidas por Inteligência Artificial. Seriam nada perto desse método de execução sumária, que dispensa provas.
Moraes e Galípolo se encontraram e, consta, tiveram conversas ao telefone. Não tendo sido, obviamente, o ministro a plantar a história de que falaram sobre o Master, eu deveria, por acaso, supor que foi o próprio presidente do Banco Central a fazê-lo? Este, no entanto, também nega.
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Sustentando-se que duas altas autoridades da República estiveram numa conversa em que um crime teria sido cometido, ou bem se tem uma evidência que independa da negativa dos dois para que se possa sustentar que o delito aconteceu, ou se entra num outro terreno, aí bastante perigoso — e, reitero, já se viu isso antes. Se A e B, com nome e endereço, teriam mantido diálogos........© UOL





















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