A Galiza grita: “Altri non”!
Tem sido notícia neste jornal a forte contestação ao investimento que o grupo Altri pretende realizar no coração do território galego. Trata-se de uma contestação sem precedentes, tais são os nefastos impactos para o território e suas populações, do “modelo de negócio” associado ao grupo empresarial português.
Por cá, temos bem na memória os efeitos da poluição no rio Tejo, o maior rio da Península Ibérica, ocorrida entre 2015 e 2018. A governação na altura associou-a à produção de celulose em Vila Velha de Ródão. No início de 2018, a Agência Portuguesa do Ambiente detetou nas águas do Tejo níveis de celulose “cinco mil vezes” superior ao normal. No investimento que o grupo Altri pretende realizar na Galiza muda o rio. Trata-se agora do rio Ulha, o segundo maior curso de água que atravessa esta comunidade autónoma espanhola, depois do rio Minho. De facto, o histórico para exportação deste modelo de negócio luso é péssimo!
Para este grupo empresarial, a produção industrial está associada a extensas plantações de uma monocultura arbórea de espécie exótica e........
© PÚBLICO
visit website