Maus, o melhor
No Sábado passado fui ver o artista que na última década mais me inspira. É um cantor chamado John Maus. Cantor talvez não seja a melhor descrição porque o que o John Maus também quer é uma espécie de anti-canto. Ele é tanto artista como anti-artista, é um fã da música popular do Pós-Segunda Guerra, ávido para explicar que ela não é tão importante assim—no fundo, é uma pessoa fascinante.
Escrevi aqui há uns anos um texto em que defendia que “as pessoas realmente dotadas são aquelas que, ao manifestar o seu dom, não o conseguem fazer sem que ele se mostre também como uma doença (…) Conquista-me mais o que nem a obra chega, conquista-me a tentativa falhada ou, mesmo que atingida, estragada por algo que, no meio do processo, a desfigurou noutra coisa qualquer”. Há um modo mais simples de defender isto que passa por citar G. K. Chesterton: “O bom músico adora ser músico, o músico mau adora a música”—passo a vida a fazê-lo.
A música do John Maus junta ingredientes que parecem não casar. Há teclados dos anos 80........





















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