Discussões de alguidares e não ideias
Assisti a vários debates com os principais candidatos às eleições presidenciais do próximo dia 18 de janeiro. Fi-lo com o dever cívico de quem acredita que escolher um Presidente da República exige atenção, reflexão e, sobretudo, exigência. Infelizmente, o que encontrei foi menos um confronto de ideias e mais uma sucessão de discussões de alguidares, ou seja, muito barulho, muita espuma, pouca substância.
Continuamos a ver candidatos que fogem sistematicamente às ideias. Quando, por acaso, arriscam apresentar alguma, rapidamente se percebe que não sabem como a executar ou, pior, sabem que é irrealista e por isso preferem deixá-la no domínio da retórica vaga. A presidência é tratada como palco e não como instituição; como tribuna emocional e não como função estratégica.
Há os que batem no peito e juram que a sua principal vantagem face aos outros é o amor à pátria. Seja lá o que isso for, para lá de uma abstração confortável. Reduzem o discurso a dois ou três soundbytes repetidos até à exaustão, com uma liturgia quase sectária e de seita, como se a repetição fosse substituto de pensamento. Patriotismo sem proposta........





















Toi Staff
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Penny S. Tee
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