A flotilha pode tirar Mariana Mortágua da solitária
Quando embarcou na Flotilha Global Sumud, a caminho de Gaza, Mariana Mortágua fez uma escolha. Abdicou de estar junto dos candidatos do Bloco de Esquerda às autárquicas para lutar pela causa palestiniana. A líder bloquista hierarquizou a luta e decidiu que, mais importante do que o partido ter uma timoneira nas lutas locais e inteirar-se dos problemas das populações, era ter a sua coordenadora ao leme de uma ação para alertar para a situação em Gaza.
Não vou discutir a questão palestiniana, a solução de dois Estados, o 7 de outubro, a fome no enclave, o terrorismo do Hamas ou os implacáveis bombardeamentos da força aérea israelita. Não é que não seja importante — nem que não sofra com o que ali se passa — é porque não tenho conhecimentos suficientes para isso. E quanto mais leio, mais dúvidas tenho sobre direitos históricos, Direito Internacional e fanatismo religioso — um perigoso cocktail neste conflito. Não faltam especialistas pelo espaço público com informações, teorias e dogmas sobre o assunto para que cada um possa escolher o lado que mais lhe aprouver.
Há, no entanto, uma questão que faz sentido abordar. Mariana Mortágua e o Bloco de Esquerda perderam ou ganharam com o mês que a líder passou em alto mar? A curto prazo, o Bloco vai perder, mas Mariana Mortágua pode vir a ganhar. E a médio-prazo o partido também, ainda que de forma tangencial — os votos de uma esquerda cada vez mais diminuída não esticam. É, cada vez mais, um campeonato dos pequeninos (Bloco, PCP e Livre juntos não passaram dos 8,97% nas legislativas).
O Bloco de Esquerda conseguiu afirmar-se como um partido de causas, da ecologia aos direitos LGBTQIA , do feminismo ao anti-racismo. Algumas das grandes causas do BE, e que ajudaram a impulsionar........





















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