Europa – o futuro que queremos
Dentro de um mês ocorre um dos atos eleitorais cujo resultado mais define o nosso quotidiano – não só enquanto Europeus – mas enquanto cidadãos de cada um do 27 Estados-membros. A eleição (direta) do Parlamento Europeu (PE) e (indireta) da presidência da Comissão Europeia (CE) é nuclear para a criação do novo ciclo político no continente para os próximos 5 anos, num contexto de crescente instabilidade internacional, de estagnação económica e social, e de desafios graves à sustentabilidade social e à segurança do bloco europeu.
Desde a entrada na então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986, que Portugal beneficiou grandemente da integração crescente na Europa, através da participação no mercado único europeu com a livre circulação de bens, pessoas e capitais num número cada vez maior de Estados, contrariando as dificuldades impostas pela periferia geográfica do nosso país no continente europeu. Não obstante, depois dum curto período de convergência económica nos anos 80 e 90 do século passado, Portugal entrou num ciclo de estagnação económica com mais de 20 anos e que nos tem votado a um progressivo desfasamento com o desenvolvimento dos países mais pobres da União Europeia (EU).
Com os alargamentos de 1 de maio de 2004 foram integrados 10 novos Estados-membro, a larga maioria pertencente à antiga área de influência e controlo da União Soviética – a chamada “Cortina de Ferro”. Países que partindo duma situação........
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