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Carpideiras do antigamente: reparações

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03.05.2024

Tem-se dito que o ateísmo e o indiferentismo religioso têm ganho lugar no mundo. Não estou certo. Pelo menos, a julgar pelo argumentário de quem defende a existência de reparações históricas.

Em traços gerais, os cristãos acreditam que todos os seres humanos estão “infetados” por algo chamado pecado original e que podem “interceder” por aqueles que já morreram. Quem defende as reparações históricas, acredita que o “homem branco” e o “ocidente” possuem uma doença congênita mais letal e que, ao entregar um objeto pilhado no séc. XVI ao lugar de origem, se está a redimir à brutalidade que vários povos sofreram há cinco séculos atrás.

Depois de terem alertado, para o facto de o paraíso dos grandes gestores já não se chamar “céu”, mas “C.E.O.”, eis que surge, em nossos dias, uma nova forma de escatologia: a ideia de que estamos tão unidos a “quem já lá está”, que vamos, no séc. XXI, fazer........

© Observador


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