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Fotograma de fim de ano

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1 Os candidatos da extrema-esquerda têm sido bastante contundentes quando confrontados com a possibilidade de ser aprovada uma lei de revisão constitucional com uma maioria de dois terços dos deputados das direitas parlamentares, afiançando que, perante esse cenário, dissolveriam o Parlamento e convocariam eleições legislativas. Um dos grandes argumentos invocados para esta promessa de golpe de Estado a partir de Belém, advém do facto de nenhuma revisão constitucional ter sido aprovada sem o apoio do PS e do PSD. Sucede que esse quadro parlamentar não existe, pelo menos por agora. As revisões constitucionais foram aprovadas depois de entendimentos entre os dois maiores partidos, porque PS e PSD sempre formaram maioria de dois terços dos deputados. Esta mesma maioria é hoje composta por entendimentos de geometria variável, podem ou não incluir o PS. Esta geometria variável é uma novidade, de facto. Pode não agradar. Mas convinha que se começasse a olhar para a política portuguesa que entra no segundo quartel do século XXI com os olhos fora do Portugal dos anos 90. Os anos 90, de resto, foram uma década em tudo irreplicável.

2 Outro dos grandes temores em torno do debate acerca de eventuais revisões constitucionais são as possíveis alterações ao sistema político. Ora, independentemente de o actual sistema servir ou não os interesses do País, a verdade........

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