Ganhe quem ganhar, vamos ter um Presidente fraco
Os eleitores portugueses, coitados, estão muito confusos com as presidenciais. Numa sondagem que teve o trabalho de campo entre 7 e 17 de novembro, Gouveia e Melo está em primeiro lugar, André Ventura em segundo e Marques Mendes em terceiro. A seguir, aparece António José Seguro com um resultado tímido e depois João Cotrim Figueiredo com valores, digamos, humilhantes. Noutra sondagem, com o trabalho de campo num período que se cruza parcialmente com aquele, entre 14 e 19 de novembro, o top três baralha-se: Marques Mendes passa para primeiro, André Ventura mantém-se em segundo e Gouveia e Melo cai para terceiro. Depois, surpreendentemente, Cotrim ultrapassa Seguro. Já se sabe: as sondagens não são previsões do futuro, são apenas “fotografias do momento”. Mas, se isso é verdade, então o que a “fotografia” nos mostra é que estamos todos a viver num “momento” de nevoeiro, balbúrdia e indefinição. Entre os dias 7 e 19 de novembro, cada sondagem deu-nos informações diferentes e contraditórias. O que se pode concluir, muito simplesmente, é que os portugueses não sabem o que pensar. Não há uma uniformidade de opinião, mesmo que transitória. Consoante cada pessoa que atenda o telefone ou abra a porta a uma empresa de sondagens, o resultado varia de forma drástica. Pior: estamos autorizados a suspeitar que a mesma pessoa questionada por duas empresas de sondagens em dois dias diferentes (ou, quem sabe, num mesmo dia) muito provavelmente dará respostas diversas.
Como se compreenderá, a culpa não é dos eleitores. O problema é que, nestas presidenciais, os candidatos não sabem o que são, não explicam o que querem........





















Toi Staff
Sabine Sterk
Penny S. Tee
Gideon Levy
Waka Ikeda
Grant Arthur Gochin
Rachel Marsden