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Mamdani e Júlio César: a mesma luta contra os ricos

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13.11.2025

Nos idos de Março de 44 a.C., Júlio César morreu. Um general lendário, um soldado entre os soldados (a quem tratava de “camaradas de armas”), um patrício, um democrata, que “cruzou o Rubicão”, por volta de 49 a.C., para por fim às profundas desigualdades entre a classe senatorial e os plebeus. Então ele desfez-se do que restava do primeiro triunvirato, o acordo secreto celebrado com Crasso e Pompeu, para estabelecer uma ditadura.

Crasso, um banqueiro, que colocou a sua imensa riqueza ao serviço de César para que fosse eleito cônsul, foi sequestrado pelos tribunos da plebe e morto de forma atroz. Pompeu, que colocou a sua enorme influência ao dispor de César, e se tornou seu genro para consolidar ainda mais a tríplice aliança, acabou depois de ter sido derrotado e perseguido pelo general lendário, decapitado no Egipto, onde foi procurar refúgio.

Livre de todos os inimigos internos e externos que pudessem tentar frustrar as suas ambições, César dedicou-se ao que Plutarco e Suetónio narraram nas suas obras “Vida de César”: à busca incessante de glória e da conquista do apoio popular a si mesmo a qualquer custo, com políticas subversivas de facto, mascaradas por uma aparente filantropia”.

Para tal, convenceu a República da necessidade urgente de reformas radicais, que, para serem realizadas, exigiam uma forte autoridade pública no comando – “um homem novo” – capaz de “libertar a si mesmo e........

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