menu_open
Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

Bem-vindos à grande fuga à heterossexualidade 

9 22
15.06.2024

De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP), no qual foram sido inquiridos mais de 1500 jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos, 44,8% dos inquiridos identificaram-se com uma outra orientação não-heterossexual.

Este número é superior ao que foi apurado num inquérito realizado na Universidade de Brown, nos EUA, onde 38% dos estudantes afirmaram ser não-heterossexuais.

Há pouco mais de uma década, eram apenas 13% e esta estranha subida de 25 pontos percentuais não se deve ao facto de haver mais jovens felizes por se assumirem como homossexuais, pois esses são agora uma minoria entre o corpo estudantil LGBTQIA de Brown: apenas 23% dos estudantes «não-heterossexuais» se assumem como gays e lésbicas à moda antiga (homens que sentem atracção sexual por outros homens e mulheres que se sentem sexualmente atraídas por outras mulheres). Os restantes identificam-se como bissexuais, pansexuais, assexuais, queer, questionadores ou “outros”. «Não sou heterossexual!» é o novo grito de cada uma destas neo-sexualidades.

Qual será a razão para os mais novos fugirem a sete pés da heterossexualidade? Porque é que tantos jovens, mesmo sendo heterossexuais, se identificam como “queer” ou como outra letra da bandeira da moda?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Se, durante séculos, as pessoas tinham vergonha de ser homossexuais, hoje, os mais jovens parecem ter vergonha de se assumir como heterossexuais. Parece que não há maior maldição do que um homem sentir atracção sexual por uma mulher e vice-versa. Não sei se o facto da palavra “heterossexual” ser tão monótona – significa, literalmente, “mover-se uniformemente numa única direcção” – é o motivo que leva cada vez mais crianças, adolescentes e jovens a esconder a sua heterossexualidade e entrar no armário. Do que não tenho dúvidas é de que a “omnipresença” da ideologia de género em todos os meios de comunicação social e a sua imposição às escolas tem levado cada vez mais crianças, adolescentes e jovens a nadar na sopa de letras LGBTQQIP2SAA . O........

© Observador


Get it on Google Play