Uma reedição da Guerra Fria
Com a celebração dos 75 anos da NATO, a política mundial neste último ano continuou a servir-nos com mais um banquete de tensões. Vamos a meio de 2024 e podemos registar a continuação da guerra da Ucrânia, a crise de Taiwan, o conflito Israelo-palestiniano, ofensivas entre o Irão e Israel e a retirada de tropas americanas do Níger.
Simultaneamente, assistimos Europa, Ásia, Médio Oriente e África a efervescer, num culminar de conflitos que não são apenas coincidência, mas sim um claro exemplo daquilo que denominamos por “proxy wars” – guerras por procuração.
As guerras por procuração, caracterizam-se por guerras com elementos que, apesar de diretamente serem alheios ao conflito, patrocinam uma das partes, na procura de retirar do resultado destas ofensivas algum benefício. Este termo não é novo, sendo bons exemplos desta forma de conflito, a guerra no Vietname, ou até mesmo a nossa guerra colonial, ambas ocorridas no século passado.
Assim, no que se assemelha a uma viagem no tempo, voltamos hoje a reviver uma polarização do mundo naquilo que na minha opinião é uma nova versão da........
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