Sem abrigo, como a esquerda gosta
A Assembleia Municipal de Lisboa reúne periodicamente fora das instalações habituais, em vários pontos da cidade, percorrendo todas as freguesias, nas chamadas sessões “descentralizadas”, com um único ponto na Ordem de Trabalhos: ouvir os munícipes. As pessoas inscrevem-se e falam, os deputados ouvem. Na semana passada reuniu no Beato. A queixa principal, trazida por cinco moradores diferentes, e em termos muito semelhantes, tinha por base o excesso de população “sem abrigo” na freguesia. Porquê? Havia um grande Centro de Alojamento de Emergência Municipal no Quartel de Santa Bárbara, entre o fundo da Avenida Almirante Reis e o Paço da Rainha, antes de chegar ao Campo de Santana (ou dos Mártires da Pátria). O quartel pertence ao Estado, e aquele solo, pela localização, vale uma fortuna por metro quadrado. O governo (do PS) decidiu construir ali habitação; e as pessoas “sem abrigo” seriam transferidas para as instalações da Manutenção Militar, que fica no Beato. Na verdade, a câmara de Lisboa, já em pleno mandato de Carlos Moedas, não quis que as coisas fossem resolvidas assim; quis dispersar estas pessoas e distribuí-las por quatro bairros municipais da Gebalis. Mas a oposição, do PS e extrema-esquerda, não deixou e forçou a transferência para o........
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