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Mulheres, cretinices maravilhosas e anacronismos

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04.04.2024

Estabeleceu-se que a 8 de Março, quer elas gostem quer não, celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Os partidos apresentaram saudações de que nem a Assembleia Municipal de Lisboa se conseguiu livrar. De resto, com tanto entusiasmo que a Mesa já agendou e adiou três ou quatro vezes a discussão e votação dos respectivos documentos. Chegados a Abril, continuamos à espera. E o que diziam esses documentos? Graças a Deus, nada. Ou melhor, no inescapável estilo nariz de cera que os democratas dominam, contavam da história a parte que lhes compete e proclamavam apreços de circunstância. Fiquei compenetrada da altíssima gratidão que os partidos sentem por mim enquanto mulher, entre outros exageros.

Quem disse o que havia a dizer sobre este assunto, e na medida certa, foi Barbara Castle. Ministra do Emprego e da Produtividade de um governo de Harold Wilson, em Junho de 1968 enfrentou o problema da greve das operárias da fábrica da Ford, em Dagenham, perto de Londres. Elas trabalhavam nas máquinas de cozer estofos........

© Observador


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