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Duplicidade em assuntos sérios

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10.10.2024

Armamento, armas atómicas, armas nucleares, todas estas expressões se usaram a propósito de um documento discutido a semana passada na Assembleia Municipal de Lisboa. A Moção “Pela Eliminação das Armas Nucleares!”, apresentada pelo PEV, propunha apelar ao governo para a assinatura e ratificação do Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares. Um texto sem pés nem cabeça, no rosário de argumentos como na parte deliberativa, pelas razões que toda a gente conhece. Até aqui, nada de surpreendente. A extrema-esquerda passa a vida a pedir o desarmamento, falando com suave impiedade, auxiliada pelo esmero da delicadeza. O que ela não quer é armas nucleares na posse das democracias liberais.

Nunca se viu a extrema-esquerda pedir o desarmamento da URSS e dos países do Pacto de Varsóvia. Como agora não pede o desarmamento da Rússia do torcionário Putin, da Coreia do Norte, do Irão, do Hamas, do Hezbollah, nem de nenhuma das ditaduras ou dos selvagens de quem a extrema-esquerda gosta. Na opinião da extrema-esquerda, todas as armas – nucleares ou outras – nos países comunistas ou despóticos, ou nas organizações terroristas, “estão em boas mãos”. Deste lado é que jamais. É preciso que as armas........

© Observador


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