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Do “activismo” ao terrorismo: um passeio

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25.01.2024

Num belo dia interrompem o trânsito à hora de ponta; uns dias depois esperam agachados pelo cair da noite, invadem um campo de golf e tapam-lhe os buracos com cimento; na semana seguinte pintam insultos homofóbicos nas paredes do Finamente e aplicam nos empregados uma carga de pancada; na outra semana vão-se aos Paços do Concelho, em Lisboa, despejam na fachada latas de tinta encarnada e penduram-lhe uma bandeira da Palestina; no domingo passado interromperam na Fundação Gulbenkian um espectáculo de música tocada pelo Quarteto Jerusalém. Às vezes o grande velhaco é o “clima”, outras vezes o estado de Israel, outras ainda a “iniciativa privada”, a “homofobia”, o “capitalismo”, ou simplesmente “os ricos”; em bom rigor, a raiva desta vadiagem nasce toda contra as democracias liberais. “Não é activismo, é terrorismo”, ouviu-se comentar candidamente à direita. Veremos que nem sempre faz sentido distinguir entre “activismo” e terrorismo, porque há uma convivência inseparável entre os dois, uma proximidade que, a cada passo, vai respondendo ao impulso anterior. No final é impossível isolar o ponto onde acaba uma coisa e começa a outra. Veremos também porque é que o........

© Observador


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