Os disparates dos «intelectuais» portugueses
1 Os intelectuais sempre disseram disparates. E, pior ainda, patrocinaram posições indefensáveis com prejuízo até para o prestígio da e da consideração pela cultura. O fenómeno é antigo e geral. Começou há muito no catolicismo anterior à reforma depois secundado pela Inquisição, continuou com o absolutismo e na França jacobina com a defesa das criminosas enormidades patrocinadas por Robespierre e Saint-Just, assumiu proporções inéditas com os «compagnons de route» do partido comunista francês e chegou há muito ao nosso país. Sartre apoiou o terrorismo homicida anti-colonialista divulgado por F. Fanon, S. de Beauvoir quis branquear os crimes estalinistas e quejandos e Foucault, imagine-se, solidarizou-se com o despotismo asiático dos Aiatolas. O próprio B. Shaw foi enganado. A. Gide é que não se deixou enganar. Perante tanto desconchavo salvou-nos R. Aron: esse teve sempre razão. Na Europa dos nossos dias toda a gente o reconhece, menos cá, evidentemente.
Será que os intelectuais são estúpidos? A questão não é essa. É muito pior.
2Uma vez consolidado um ponto de partida há que arranjar argumentos para não voltar atrás. E, portanto, o caminho é sempre em frente. A realidade e o bom-senso não interessam. E a moral incomoda pois que o fim justifica qualquer meio. Os «intelectuais» comunistas portugueses continuam a ser especialistas nesta metodologia. O que é preciso é perseverar. Não leram Espinoza nem sabem o que é o conatus, mas este conceito ontológico assenta-lhes que nem uma luva. Não podem, portanto, arrepiar caminho. E para justificar a continuidade tudo serve.
Os «intelectuais» portugueses não são apenas os da bola. Estes, pelo menos, são mais sérios. E não são oligofrénicos, muito embora se não possam comparar, nem a anos-luz de distância, com o autor de O Ser e o Nada nem com a autora de O Segundo Sexo.........





















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