Portugal: guia para destruir um país
Não é fácil arrasar uma nação por completo. Não basta má gestão ocasional ou um ou outro escândalo. É necessário talento, disciplina, e um esforço continuado. A boa notícia é que não precisamos de imaginar países fantasiosos para responder a esta questão. Se quiser aprender como destruir um país, basta olhar para Portugal.
Sem mais demoras, enumeremos os passos essenciais para destruir um país.
Qualquer país pode sobreviver a ocasionais governos incompetentes, crises económicas e até guerras. O que não sobrevive é à incompetência institucionalizada e sistémica.
Portugal é perito em governação incompetente. Numa era de crescentes complexidades sociais, tecnológicas, geopolíticas e ambientais, nunca um governo competente foi tão necessário.
Não queremos isso. O seu foco deverá ser agradar à sua máquina partidária, interesses instalados e devolver favores requisitados. Deverá ignorar os problemas que assolam a sua população, e sacrificá-los no altar da próxima eleição. De pouco interessa se estes problemas levarão ao colapso total do sistema económico, do sistema de saúde, do sistema de educação, do sistema de pensões, e por aí fora.
Já ouviu falar de problemas estruturais? Portugal está repleto deles. É a sua maior riqueza. Há que investir nela.
A produtividade é sobrevalorizada. Um país a sério investe no que não dá retorno. Microchips? Aeroespacial? Farmacêutica? Sai caro e demora tempo a dar fruto. Fiquemo-nos pelo turismo. É rápido e barato.
Segundo o Eurostat, Portugal está entre os países europeus onde o turismo tem o maior peso no PIB.
À primeira vista, parece ótimo. Até percebermos que: uma economia baseada em servir cocktails à beira-mar não aumenta produtividade e tem baixo retorno; paga mal e salários baixos tornam-se........





















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