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Outubro rosa: celebrar quem partiu, cuidar de quem fica

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23.10.2025

Todos, de uma forma ou de outra, sabemos o que é perder alguém que gostamos para o cancro, um familiar, um amigo, um colega de trabalho, um vizinho. Este mês traz-nos um ritual de memória e de esperança. Celebramos quem partiu e honramos quem venceu a batalha, lembrando que a prevenção é a nossa melhor aliada. Prevenir é agir cedo, atender ao convite do rastreio, conhecer sinais de alarme, cuidar do que está nas nossas mãos (exercício, alimentação, não fumar), e é também criar condições para que ninguém fique para trás por viver longe, ter poucos recursos ou falta de informação.

Outubro lembra-nos, todos os anos, que o cancro da mama não é um tema para um dia de laços cor-de-rosa ou campanhas de gosto duvidoso. É um problema real, que entra em casas, empresas, escolas e serviços de saúde. Em Portugal, melhorámos, detetamos mais cedo, tratamos um pouco melhor e vivemos mais depois do diagnóstico. Mas o progresso só se mantém se cada pessoa, utente, profissional e decisor político, fizer a sua parte. Informação clara, acesso justo e investimento em investigação e no SNS são as quatro pernas desta mesa. Se uma falha, todo o sistema perde o equilíbrio.

Comecemos pela sensibilização que, mais do que slogans, são duas ideias simples. Primeiro, o autoexame ajuda a conhecer o corpo, mas não substitui a mamografia. Quando receber o convite do rastreio, vá. Se não recebeu e tem idade para isso, informe-se no centro de saúde. Segundo, conhecer sinais de alarme, um nódulo novo e persistente, alterações da pele ou do mamilo, secreção com sangue, e falar cedo com o médico pode evitar meses de ansiedade e tratamentos mais pesados. Vale também cuidar do que controlamos, peso saudável, exercício regular, não fumar e moderação no álcool. Não elimina o risco, mas ajuda e muito. Mais de 50% das mortes em cancro são relacionadas com o tabaco, álcool e má alimentação.

Sensibilizar é,........

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