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Javi, hasta la victoria siempre!

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07.11.2025

“Um louco perigoso”, bradavam os economistas de salão. “O fim da Argentina”, vaticinavam os augures do Estado-providência. Paul Krugman, eterno Nobel da previsão errada, alertava para o “desastre iminente”. O FMI torcia o nariz. Os comentadores progressistas europeus preparavam já as necrológicas da democracia argentina.

Curiosamente, a única coisa que morreu foi a credibilidade deles. Mas essa, convenhamos, já vinha em cuidados paliativos há décadas.

Javier Milei não emergiu do éter. Brotou do terreno fértil que oito décadas de peronismo cuidadosamente adubaram com inflação galopante, clientelismo metastático e uma classe política que transformou o saque do erário em modalidade olímpica. Quando um país atinge 211% de inflação anual, até uma motosserra parece instrumento cirúrgico de precisão.

O economista de cabelo rebelde e retórica incendiária não prometeu mundos e fundos, prometeu sim dor, ajuste e realidade. E os argentinos, cansados de décadas de promessas açucaradas que terminavam invariavelmente em hiperinflação, filas de pão e controlo de capitais, fizeram algo radical, votaram na verdade. Que escândalo.

O que se seguiu foi um exercício de desconstrução do Estado extrativista tão eficaz que deixaria Bakunin com inveja (se Bakunin entendesse de economia, claro). Milei não cortou na gordura, amputou o parasita que durante........

© Observador