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Clima: o coração, a razão e o jornalismo

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13.07.2024

“O fogo no coração atira o fumo para a cabeça”
(Provérbio popular português)

Temos corações em chamas e a culpa não é das Alterações Climáticas.

A ciência descobriu as alterações climáticas e o apelo à ação era inevitável: rapidamente o tema passou a ser político. Vale a pena lembrar que é aí, no campo político, que a discussão se deve centrar: citando a página “saber ciência” do Instituto Superior Técnico devemos estar conscientes que “a ciência tem limites: (…) não pode [dizer se] é certo ou errado, bom ou mau (…) não nos diz como usar o conhecimento científico (…) nós é que temos que decidir como usar.” Pelo que agir não é ciência é política e é esta que tem que escolher o que fazer a respeito.

Exemplos do que são as escolhas da ação climática não faltam: Subsidiar energias renováveis? Ou deixar o mercado funcionar? Ou apoiar os mais pobres? Acabar com o gás? Ou atender à pobreza, incluindo a energética? Subsidiar carros elétricos? Ou deixar o mercado funcionar esperando que os preços desçam? Taxar soluções verdes por serem estrangeiras? Apoiar mineração? Ou escolher apoiar ecossistemas naturais/culturais? Cobrar taxas de reciclagem? Ou pagar pela correta gestão, separação e deposição do lixo? Taxar a carne ou apoiar produtores? Passes grátis para jovens e velhos? Ou para quem precisa? Cobrar impostos progressivamente sobre o consumo? Ou respeitar escolhas, algumas das quais implicam maiores consumos (se eu compro um carro elétrico vou consumir mais eletricidade pagando mais quando troco mais consumo de eletricidade pelo anterior consumo em gasolina)? Etc., etc… Alguém acha que isto é........

© Observador


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