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O árbitro da política francesa

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05.10.2024

Quando, na segunda volta das eleições legislativas, a Extrema-Esquerda, a Esquerda, o Centro e o Centro-Direita se aliaram numa “frente antifascista” para impedir a vitória do Rassemblement National, Marine Le Pen disse duas coisas: que a aliança contra-natura para a pôr fora de jogo e aos 11 milhões de franceses que representava ia tornar o sistema ingovernável; e que o tempo jogava a seu favor.

O que aconteceu a seguir veio dar-lhe razão: o Rassemblement National tornou-se o árbitro da política francesa.

O Nouveau Front Populaire de Jean Luc Mélenchon que, por obra e graça de uma geringonça eleitoral de um dia, pôde nomear um candidato a primeiro-ministro, escolheu Lucie Castets, uma obscura burocrata adornada com todos os adereços ideológicos e políticos do Wokismo. Porém, o presidente Macron achou que Castests não reunia condições para formar governo e foi à procura de outra solução. Primeiro pensou em Xavier Bertrand mas depois arrepiou caminho e escolheu Michel Barnier, um tecnocrata do partido Les Républicains.

Xavier Bertrand, o auto-intitulado “inimigo número 1 do Rassemblement National”, tinha sido........

© Observador


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