A França tem sido pioneira na inovação política: foi pioneira no absolutismo monárquico, com Luís XIV; foi pioneira com a revolução e a ditadura popular em 1789-1794; retomou o cesarismo com Napoleão em 1804; inaugurou as novas revoluções democráticas em Fevereiro de 1848; foi o primeiro Estado a estabelecer o sufrágio universal masculino, também em 1848.
Com a derrota de 1870-1871 frente à Prússia-Alemanha de Bismarck, a França ficou abalada, mas não o seu pioneirismo ideológico e político. Assim, logo a seguir à derrota, teve a primeira revolução comunista vitoriosa, com a Comuna de Paris em 1871; teve também, nos finais do século XIX, movimentos nacionais-populistas em que alguns autores, como Zeevv Sternhell, quiseram ver o “nascimento da ideologia fascista”; e teve, mesmo no fim desse século, com a Action Française, o nascimento de um movimento elitista de direita nacional e autoritária, pioneiro na teorização e na prática do poder cultural gramsciano.
Este pioneirismo político parece ter-se desvanecido no século XX, embora o gaullismo e o Maio de 68 tenham o seu vanguardismo em termos de eventos, momentos ou regimes políticos.
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