Buenas prácticas
É uma jornalista de referência. Foi conselheira da RTVE, chefe de redacção da edição catalã do jornal El Mundo e recebeu o prémio Buenas Prácticas de Comunicación No Sexista. Pauta-se, portanto, pelo rigor, pela verdade, pela tolerância e pelas boas prácticas de comunicação. Por tudo isto, poderia pensar-se, ninguém melhor do que Cristina Fallarás Sánchez para comentar de forma objectiva a reunião Viva 24.
E o que foi a reunião Viva 24? Um encontro de líderes de partidos da direita nacional-conservadora em Madrid, no passado Domingo, 19 de Maio? Nada disso. Diz-nos a escritora e jornalista no jornal digital espanhol Público que se tratou, isso sim, do tenebroso conclave de um “gangue” de malfeitores a que acorreu “lo más granadado del fascismo internacional”. Quem encabeçou o “sinistro elenco” foi o presidente Milei da Argentina, acabado de chegar do país “depois do assassinato por ódio de quatro lésbicas, queimadas vivas em Buenos Aires”– com as mãos ainda chamuscadas, poderíamos supor, se na pensão onde moravam as vítimas o fogo não tivesse sido ateado por um cocktail incendiário, atirado por um vizinho, que a seguir tentou suicidar-se e que está preso, dando fortes indícios de paranóia… mas isso são pormenores que a jornalista de referência não achou dignos de referência, preferindo associar Milei a uma “queima das bruxas” das antigas.
Seguia-se então, no jornal digital espanhol, a lista dos malfeitores: a francesa Marine Le Pen, o polaco Mateusz Morawiecki, o chileno José António Kast, o........
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