Em defesa da honra das avestruzes
O Presidente disse que não votar equivale a meter cabeça na areia. Lamento informar mas nesta matéria, a das cabeças, há muito mais a ter em conta. Senão vejamos:
Atirarmo-nos de cabeça. Impulso irresistível que afecta os portugueses de cada vez que ouvem a expressão “o governo dá…”
Cabeça à roda. Um fenómenos facílimo de observar entre todos aqueles que tentam perceber o que distingue os diferentes escalões de IRS nas propostas do Governo e da oposição.
Cabeça de vento. É a versão intelectual da transição energética: uma maravilha maravilhosa que não se sabe onde levará mas que a cabeça de vento apregoa. Aos quatros ventos como não pode deixar de ser.
Cabeça no ar. Mais ou menos o mesmo que a cabeça de vento mas sem a vertente da transição para as energias alternativas. É só uma cabeça parva e pronto.
Cabeça de burro. No tempo em que os animais falavam, os humanos tornavam-se burros por castigo. Agora que alguns partidos dizem que falam pelos animais (e os demais fazem de conta que acreditam) aguardo notícias do capital de ofensa dos burros pela imagem que demos deles. E já agora também das avestruzes.
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Cabeça à razão de juros. Da dívida pública e das pessoais, A mais portuguesa........
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