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António José Seguro deve dizer coisas de esquerda (moderada)

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13.11.2025

As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro e quanto a elas temos, pelo menos, uma certeza: parece certo que ganhe quem ganhar, nada se decidirá na primeira volta. O próximo Presidente da República tornar-se-á o segundo a ser eleito nesse segundo turno do sufrágio presidencial, depois de Mário Soares ter derrotado Freitas do Amaral em 1986.

Será por isso importante percebermos, antes de mais, quem pode, legitimamente, aspirar a chegar a essa segunda volta. As hipóteses são variadas e a aritmética dos candidatos do grande centrão – Marques Mendes, António José Seguro e Gouveia e Melo, cujas razões para não o considerarmos nesta grande faixa aglutinadora desconhecemos – desejará, de forma não tão secreta assim, que André Ventura seja um dos candidatos com quem possam disputar a segunda volta. A elevada taxa de rejeição do líder do Chega garante, com a sempre incerta probabilidade das previsões eleitorais, que qualquer candidato que entre com ele no ringue para um mano-a-mano sairá vencedor.

António José Seguro tem, certamente, a legítima ambição de ser um dos afortunados a alcançar a quase mítica segunda volta. O ex-líder do PS reúne um conjunto de caraterísticas que o torna parte do singelo lote de socialistas que eventualmente será tão ou mais apreciado por quem não o é do que pelos militantes do próprio partido. É um........

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