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O Natal como teste às relações

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O Natal é um dos raros momentos do ano em que as famílias se sentam à mesma mesa. E é também, por isso mesmo, uma das épocas emocionalmente mais exigentes. Para muitos, é proximidade, riso e cheiro a casa. Para outros, é um território onde a alegria parece obrigatória e onde qualquer fissura familiar se torna mais visível.

Há algo de profundamente humano nesta pausa quase inevitável. Num quotidiano marcado pela pressa e pela distância emocional, o Natal abranda o tempo e devolve a família ao centro da vida. Quando existe segurança relacional, estes encontros são emocionalmente nutritivos pois reforçam laços, devolvem pertença e criam continuidade. Para as crianças, são experiências estruturantes, para os adultos, funcionam como âncoras emocionais, mesmo sem a ingenuidade de outros tempos.

Do ponto de vista psicológico, o Natal tem um poder particular, reúne pessoas que partilham história, memórias e vínculos profundos. As tradições repetem-se, os gestos regressam, as histórias voltam a ser contadas. Esta repetição não é banal mas funciona como........

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