O pesadelo das visitas supervisionadas
A alienação parental constitui um fenómeno caracterizado pela manipulação sistemática de uma criança ou adolescente por parte de um dos pais, para que rejeite o outro pai ou mãe, habitualmente após a dissolução da relação conjugal. No contexto judicial e institucional, este processo culmina frequentemente na imposição de visitas supervisionadas, apresentadas como um instrumento de proteção da criança ou adolescente, mas que, em determinados casos, se transformam em mecanismos de exclusão e punição parental.
O testemunho que segue é o de um pai alienado que conta, com dor contida, o sofrimento e a desumanização de viver sob o regime de visitas supervisionadas, um tempo suspenso, em que a única forma de ver a filha se resumia a encontros numa sala fria e artificial, enquanto a vida seguia o seu curso lá fora.
Cada visita tornava-se um ritual de confinamento, onde a ternura era medida, o gesto vigiado e a presença paterna transformada em ato tolerado. A relação natural entre pai e filha foi substituída por um cenário institucional que sufocava a espontaneidade e a autenticidade do vínculo, convertendo o amor em exercício supervisionado. Poucas experiências revelam com tanta clareza a dor da alienação parental, a lenta substituição da emoção viva por um contacto controlado, mediado e distante, onde a intimidade cede lugar à observação e o afeto à formalidade.
O pai alienado denunciou-nos a ausência de coparentalidade e a comunicação unilateral por parte da mãe alienadora: “Decidir unilateralmente sobre a orientação religiosa ou decidir a escolha da instituição educativa ou não comunicar as urgências. Mas continuar sistematicamente a não comunicação da filha para as urgências, tendo o pai que ligar para os hospitais, e mesmo que as técnicas saibam do sucedido”. Este testemunho ilustra um padrão típico de alienação parental, o controlo informativo exercido por um dos pais (mãe ou pai alienador), que restringe o acesso do outro às informações essenciais sobre o filho. A falta de comunicação entre pais sobre questões médicas ou escolares dos filhos não é apenas uma falha no cumprimento das obrigações, é um processo de exclusão afetiva. Neste caso, o pai é colocado numa posição de constante impotência, forçado a procurar as informações que deveriam ser partilhadas, enquanto a instituição que supervisiona as visitas se mostra omissa, perpetuando a assimetria e a desigualdade parental.
Segue-se uma crítica direta à equipa técnica. O pai relata que sugeriu por três vezes que a equipa recebesse e conhecesse a avó paterna e que “o que fez a equipa? Absolutamente nada.” O pai revelou o seu sentimento de desamparo face à incoerência entre as palavras e as ações dos profissionais evidenciando a sensação de invisibilidade, sentindo-se ausente de um sistema que deveria integrá-lo. A não inclusão da família alargada (como a avó paterna e outros familiares) induz a descontinuidade da história afetiva da criança, contrariando princípios básicos da vinculação emocional.
O testemunho do pai prossegue com uma crítica à falta de transparência institucional:
“Sabem, ‘acolher uma criança é acolher a sua história’ (…) , estas frases feitas numa entrevista e depois não se concretizar (…) é importante haver um posicionamento da equipa de grande........





















Toi Staff
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