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A pandemia do futuro
A solidão é o pó (pegajoso) dos gestos que as pessoas têm para connosco. Com que nos demonstram que, por mais que nos amem, não alcançam as entrelinhas daquilo que somos. Não nos conhecem. E não apanham o jeito de gostar de nós. E talvez seja esse o lado mais desconcertante da solidão: ela é construída, peça a peça, pelas pessoas mais importantes para nós.
Às vezes, fala-se, com muito ênfase, da forma como a solidão se estará a transformar na grande pandemia do futuro. (E está!) Porque ela se alastra, fulgurante. Porque se estende e se aprofunda, independentemente das latitudes, das culturas e dos níveis sociais e económicos das pessoas. E porque parece passível dum arrepiante........
© Observador
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