Centralização: a doença crónica da Educação portuguesa
Nos últimos anos, tornou-se evidente que o modelo de contratação de professores em Portugal não está à altura das necessidades das nossas escolas. Todos os meses de setembro repetimos o mesmo cenário: listas intermináveis, concursos centralizados, diretores à espera e turmas que iniciam o ano sem todos os docentes necessários. Em 2024, por exemplo, 78% das escolas portuguesas reportaram falta de pelo menos um professor, e 38 tinham mais de dez horários por preencher. Estes números deveriam inquietar-nos. Revelam um sistema demasiado rígido, demasiado distante e cada vez menos capaz de responder às realidades locais.
Falo a título pessoal: acredito que enquanto mantivermos um modelo tão centralizado, continuaremos a falhar alunos, famílias e professores. Hoje, a contratação é decidida quase exclusivamente em Lisboa, através de um concurso nacional que trata como iguais escolas profundamente diferentes. Uma secundária urbana e um agrupamento do interior não têm os mesmos desafios, a mesma população estudantil, nem o mesmo contexto socioeconómico. A uniformidade pode parecer justa no papel, mas na prática transforma-se num obstáculo à eficácia.
É por isso que defendo um reforço claro da autonomia das escolas, inspirado em modelos que têm........





















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