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A «metrificação» política

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08.04.2025

«Quer deixar um conservador irritado? Minta-lhe. Quer deixar um esquerdista irritado? Diga-lhe a verdade». (Theodore Roosevelt)

«A justiça não consiste em ser neutro entre o certo e o errado, mas em descobrir o certo e sustentá-lo, onde quer que ele se encontre, contra o errado». (Theodore Roosevelt)

«A verdade é inconvertível, a malícia pode atacá-la, a ignorância pode zombar dela, mas no fim; lá está ela [a verdade cristalina]». (Winston Churchill)

«A repetição não transforma em verdade uma mentira (…). A única coisa que devemos temer é o próprio medo». (Franklin Delano Roosevelt)

«Uma mentira dá meia volta ao mundo antes que a verdade tenha tempo de vestir as calças (…). Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir». (Winston Churchill)

Não!

Assim não!

Ouça lá Pedro Nuno, escute, mas escute mesmo. Na política, como em tudo na vida, não vale tudo. A política é nobre quando exercida com decoro, com verdade, sentido de responsabilidade pelo Outro, respeito, carácter, honra, ética e vergonha na cara. Naturalizar-adoptar a banalização da mentira diminui a política e o político. Faltar à verdade (floreado político recto-oratório), isto é, mentir (verdade popular), como arma de arremesso político, fragiliza politicamente (o sábio Povo não é tolinho, «raramente se engana e raramente tem dúvidas»), não colhe, pelo simples facto das pessoas (pelo menos algumas) terem memória e, sobretudo, haver gente com memória política, sem «avulsismo politiqueiro». Até porque, mentir pressupõe uma atitude deliberada, ostensiva, mais ou menos premeditada, e que não assenta nada bem a um candidato a líder político da oposição e putativo Primeiro-ministro. Na vida política, parlamentar e partidária «chega» de intencionalidade-lamaçal, de mentiras e não-factos políticos efabulados. Liderar é conduzir os homens com a verdade.

A mentira na política e em política é profundamente negativa; de efeito devastador no exercício da Res publica. Um político-estadista leva muito a sério o primado-premissa da responsabilidade e verdade da «coisa pública», da «coisa do povo»; o Povo soberano não pode, nunca, nunca por nunca, ser enganado com mentiras e por mentiras alienado no seu juízo sacrossanto. É que acontece que o Estado não é coisa privada, sendo que ao ser de todos nós (fica a teorização), servir a «causa pública» obriga a falar a verdade, doa a quem doer. E o Povo, sem lavagem cerebral, ajuizará, no seu critério, bom-senso, siso e sabedoria – no Estado de Direito Democrático o Povo-cidadania tem direito à verdade – deturpar a factualidade-história política «en passant» é feio, de baixa política, de «traição-estupidificação» das massas populares. Em democracia «o Povo é quem mais ordena»!

A «metrificação política» – novo termo inventado por nós – no sentido da medida e da estrutura do discurso político, de medir o caudal-pulsar da verdade política, em política e em campanha política, visando o apuramento da verdade dos factos políticos presentes e passados; sem sofisma-intenção de indução em erro (do grego antigo, sofisma, que deriva de sophizesthai, que significa fazer raciocínios capciosos) e silogismo equivocado, de non sequitur da(s) falácia(s), nem ad hominem, nem post hoc ergo propter hoc (depois disso, logo, causado por isso),........

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