Guilherme V: O Grão-Duque com sangue português
A ascensão de Guilherme V ao trono do Luxemburgo representa não apenas a continuidade de uma monarquia constitucional exemplar no coração da Europa, mas também a afirmação de uma ligação profunda com Portugal. Descendente directo da Casa de Bragança, o jovem soberano simboliza os vínculos históricos e humanos que unem os dois países, num momento que convida à reflexão sobre tradição, democracia e futuro europeu.
A sucessão no Grão-Ducado do Luxemburgo, recentemente consumada com a subida ao trono de Sua Alteza Real o Grão-Duque Guilherme V, constitui um acontecimento de rara importância política e simbólica no centro da Europa. Não se trata apenas da substituição do titular no vértice da hierarquia do Estado luxemburguês, mas de um episódio que, pela teia de laços históricos e dinásticos que envolve a Casa de Nassau-Weilburg e a Casa Real de Bragança, toca de modo particular o povo português, em especial a numerosa comunidade residente naquele país.
A independência do Luxemburgo, proclamada no século XIX após as convulsões napoleónicas e os rearranjos territoriais do Congresso de Viena, foi desde cedo um caso paradigmático de equilíbrio diplomático e de construção identitária. Com pouco mais de 2.600 km² e cerca de 670 mil habitantes, o país soube afirmar-se, apesar da sua reduzida dimensão, como um Estado soberano respeitado, defensor da neutralidade e da democracia. Durante a Segunda Guerra Mundial, esse equilíbrio foi dramaticamente posto à prova. A invasão alemã de 1940 obrigou a Grã-Duquesa Carlota ao exílio em Portugal e posteriormente no Reino Unido, de onde desempenhou um papel activo na resistência moral contra a ocupação nazi. A voz firme da soberana,........





















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