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O caso das gémeas: proposta para escolas de gestão

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15.01.2024

Nos últimos meses não se falou de outra coisa: “o caso das gémeas”. Acende-se a rádio: “o caso das gémeas”. Acende-se a televisão: “o caso das gémeas”. Lê-se o jornal: “o caso das gémeas”. Abre-se a internet,: “o caso das gémeas”. Com o novo ano, a coisa reduziu, mas ainda há réplicas e o terramoto não acabou. O principal responsável por esta recorrência informativa, são os nossos órgãos de comunicação e os nossos políticos. Que nos vão informando das novidades. Fazem o seu trabalho, eu percebo, pois devem refletir as preocupações dos cidadãos e devem escrutinar o poder político, mas já pensaram nas gémeas e nos seus pais ao ouvir permanentemente isto e não com preocupação por eles, mas se as gémeas passaram à frente de alguém através de uma cunha ou se fulano ou sicrano já foi demitido? De forma mediática, pois as diligências processuais estão a ser feitas.

É verdade que não é muito edificante saber que basta ter os contactos certos para obter o que queremos no nosso país. Não é honorífico para um país, que alguns passem à frente de outros porque têm cunhas. Mas é necessária esta informação ad nauseam?

Há aqui um dilema moral óbvio, mas que ainda não foi endereçado pelos doutos escrutinadores. É verdade que está mal usar cunhas, mas não é pouco empático também estar sempre a falar nas “gémeas”? E os pais, as quais sofrem e não é pouco? Vi-os falar uma vez na RTP, mas já passado meses de lento suplício. Também Ricardo Araújo Pereira no “Isto é Gozar com quem trabalha” gozou e até fez músicas sobre as gémeas, mas gostava de saber, pois tem até duas filhas, se fossem as suas, fazia músicas e brincava assim? Ele que acha que se pode brincar com tudo? Não acho........

© Observador


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