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As linhas vermelhas. Como as ultrapassar?

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07.05.2024

Na véspera das eleições escrevi aqui as considerações que deveriam orientar a escolha de um governo em função dos resultados eleitorais:

1 – A questão democrática

A democracia é o governo da maioria. E a maioria é 50% 1

Não é o governo da maior minoria.

As eleições não são um jogo para ver quem ganha e quem perde. São sim um método para encontrar um governo da maioria (com suporte de 50% 1 dos deputados)

A Democracia assenta também na dialética entre um Governo com suporte de mais 50% da AR e uma Oposição de mãos livres que tem, antes de mais, de representar o seu eleitorado e que não pode ser responsabilizada pelas políticas e orçamentos (elemento consagrante das escolhas políticas de quem governa) do Partido que Governa. A existência de um Governo Minoritário resulta da opção exclusiva de quem governa. Não pode assim pedir suporte a quem tem um ideário diferente e está na oposição.

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Quando os eleitores não dão a maioria absoluta a um só partido a leitura a fazer é que querem um Governo de Coligação. Não dar uma maioria absoluta a um só partido significa que “chumbam” o propósito desse partido (ou conjunto de partidos), de \governar sozinho.

2 – O Realismo e a preocupação com o País

É absolutamente irrealista ignorar o estado em que os governos socialistas deixaram os serviços públicos. Todos os serviços públicos. Por, em 8 anos, não se ter investido nem se terem atualizado as condições salariais e de carreira das várias profissões ligadas ao Estado, situação esta agravada pela inflação e inúmeras aposentações

Pegar no País no estado em que ele está, a que acrescem os crescentes conflitos........

© Observador


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