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O argumento que a esquerda não quer ouvir

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02.11.2025

Não há mais dúvidas. Há pelo menos três grandes líderes mundiais que começam a fazer história, mesmo contra todas as narrativas e preconceitos ideológicos que têm dominado boa parte das redações dos media ocidentais.

Enquanto comentadores de esquerda se apresentam a comentar cada resultado, cada vitória, nervosamente, três líderes mundiais estão a fazer algo impensável. Estão a ter sucesso. Javier Milei na Argentina, Donald Trump nos Estados Unidos e Giorgia Meloni na Itália. Engane-se quem pensa que são apenas três governantes conservadores; são, isso sim, três pedradas no charco contra décadas de ortodoxia progressista. E isso, para quem controla boa parte da comunicação social, tem sido um problema existencial.

Contra todas as previsões nas sondagens e contrariando a maioria dos comentadores mundiais, na Argentina, um país que parecia condenado a repetir eternamente o mesmo ciclo de populismo, inflação galopante e miséria, voltou a vencer Milei. Havia assumido o poder em dezembro de 2023, herdando uma autêntica catástrofe do período peronista. Inflação de 276% anual, mais de metade da população na pobreza, e um défice fiscal que consumia 15% do PIB. Já na época, as previsões eram sombrias. Os especialistas, sempre eles , garantiam que as tais políticas de “austeridade radical” só iam piorar a situação.

Mas, para quem estava menos atento, aconteceu algo inesperado. A realidade recusou-se a colaborar com as previsões.

Em menos de dois anos, Milei baixou a inflação para 34% anual, reduziu a pobreza para 31,6% no primeiro semestre de 2025, bem abaixo dos 41,7% que encontrou quando chegou, e transformou um défice crónico no primeiro superavit orçamental em 14 anos. A Argentina tornou-se o país de maior crescimento na América do Sul, com projeções de 4,6% em 2025 e 6,3% no segundo trimestre. É obra de que não se fala!

Além disso, cortou 30% da despesa pública. Eliminou ministérios inúteis. Acabou com subsídios que perpetuavam dependência do Estado e, horror dos horrores para os comentadores de serviço, equilibrou as contas. O investimento cresceu 32% no segundo trimestre de 2025 e a economia começou finalmente a........

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