Ideologia de Género: entre a ciência e a sociedade
No calor do verão de 2018, a lei 38/2018 de 7 de agosto foi aprovada, marcando um marco na legislação portuguesa, ao garantir o Direito à Autodeterminação da Identidade de Género. Essa lei, que permite a qualquer pessoa alterar seu nome e sexo no registo civil, foi fruto de um longo processo de lutas e reivindicações do movimento LGBTQIA .
No entanto, esse avanço não passou incólume, levando-nos a questionar as raízes e implicações dessa ideologia, especialmente à luz do Despacho n.º 7247/2019, que, posteriormente, foi julgado como inconstitucional. Este artigo propõe-se mergulhar nos fundamentos filosóficos, nas implicações sociais e educacionais, bem como nas controvérsias científicas e psicológicas que circundam a Ideologia de Género.
No passado dia 15 de dezembro de 2023, foi aprovada a lei destinada a implementar direitos de autodeterminação de género nas escolas. Obviamente, a aprovação desta lei deve provocar em todos nós preocupação extrema, pois trata-se de uma violência normativo-burocrática contra os direitos fundamentais, de todos aqueles que preferem não seguir a linha do pensamento woke.
A origem da ideologia de género pode ser traçada até ao início do século XX, com o surgimento de movimentos feministas e LGBTQIA , que questionavam os papéis sociais tradicionais de género. No entanto, foi na década de 1960 que a ideologia de género começou a ganhar força, com o trabalho do psicólogo John Money.
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Money acreditava que o género era uma construção social e não uma característica biológica. Ele defendia que a identidade de género era moldada pela experiência e pela socialização, e que as crianças podiam ser criadas como qualquer género, independentemente do sexo........
© Observador
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