Um presidente indigno
Assim que se instalou em Belém, Marcelo rapidamente se esqueceu de que as funções de presidente e as de comentador político são distintas e não podem ser desempenhadas, em simultâneo, pela mesma pessoa.
Tivemos que nos habituar às suas constantes diarreias verbais, não se cansando de opinar por tudo e por nada, como se ainda se encontrasse ao serviço de um canal de televisão, pago para se pronunciar sobre o panorama político e social do país e do mundo em geral.
As suas aparições diárias conduziram a que, em pouco tempo, deixasse de ser levado a sério e praticamente já ninguém se desse ao trabalho de o ouvir.
Apesar de tudo, os seus disparates auditivos eram, na maioria dos casos, inofensivos, razão pela qual não causavam muita mossa.
No entanto, agora, quando se aproxima do fim o seu ciclo presidencial, Marcelo deixou de medir as palavras que produz e parece borrifar-se para as consequências nefastas que estas têm causado dentro da sociedade.
E o caso assumiu proporções de dimensões gravíssimas, pelo que já todos nos interrogamos se oito anos na presidência não lhe terão queimado aqueles necessários fusíveis que nos asseguram o nosso bem-estar mental.
Marcelo começou a disparar em todos os sentidos, sem qualquer tipo de contenção e deixando a dúvida se, na verdade, estará na posse da totalidade das faculdades mentais indispensáveis para o exercício do cargo de que foi investido.
Numa conversa de quatro horas com correspondentes da imprensa estrangeira, nem sequer pestanejou ao insultar o anterior e o actual primeiro-ministro, esquecendo-se de que a coabitação entre Belém e S. Bento é imprescindível para o normal funcionamento das instituições públicas e privadas.
Não satisfeito com os estragos que estava a causar, deu-se ainda ao luxo de se tornar completamente patético, ao trazer à baila a sua vida pessoal, em particular ao rebaixar o seu próprio filho e em nomear, de entre todos os seus netos, aquele que considera o seu preferido.
Revelou-se um execrável Pai e um péssimo Avô!
Este descontrolo verbal indicia, como hipótese bastante provável, claros sinais de demência, os quais se têm vindo a agravar a cada dia que passa.
Mas o mais grave estava ainda para........
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