Os erros de Montenegro
O divórcio entre os portugueses e aqueles que ocupam todo o seu tempo no desempenho de actividades políticas tem-se acentuado, sendo hoje mais do que evidente de que a maioria da população perdeu por completo a confiança em todos quantos têm tido a responsabilidade de os governar.
Como resultado dessa alienação, enfrentamos nestes tempos a realidade de que metade dos eleitores não se predispõe a votar, deixando nos restantes a incumbência de escolher quem deverá dirigir os destinos do País.
A razão de ser desta desconfiança encontra uma explicação numa simples verdade: o fraco nível, moral e cognitivo, dos políticos que nos caíram em sorte!
Longe vão os tempos em que em todas as bancadas parlamentares se digladiavam, num sentido generoso do termo, políticos de fibra e com coluna vertebral, cujo propósito, independentemente de nos identificarmos ou não com suas ideias, seria apenas o de servir o Estado e não dele se servirem.
Na actualidade, assistimos ao oposto. Uma total pobreza de espírito dentro da esmagadora maioria da classe política, a qual se revela absolutamente incapaz de exercer com competência e despreendimento as tarefas inerentes à sua obrigação.
Exemplo desta fatalidade é Pedro Nuno Santos, mandatado, pelas suas bases, para liderar o partido que mais tempo tem conduzido a governação de Portugal, mas de quem não se conhece um único rasgo de mestria que o habilite a ter êxito nos fins a que se propõe.
Nunca, na sua vida adulta, exerceu qualquer ofício fora da esfera dos joguinhos partidários, tendo-se revelado um verdadeiro desastre quando foi convocado para o cumprimento de funções ministeriais.
As trapalhadas em que se envolveu em projectos de capital importância para o desenvolvimento nacional, como a TAP, a Ferrovia e o futuro aeroporto, entre outros, e que o levaram à demissão do cargo que desempenhava, seriam motivo mais do que suficiente para nunca mais ser chamado ao exercício de funções públicas.
No entanto, tem sido........
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