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O papão da extrema-direita

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06.07.2024

A França foi a votos e, conforme era expectável, a direita conservadora e soberanista foi a força mais votada nesta primeira volta.

O sistema eleitoral francês diverge dos restantes em vigor na generalidade das democracias parlamentares porquanto, se o candidato mais votado na primeira volta não obtiver maioria absoluta, terá que haver um segundo escrutínio, ao qual concorrem apenas as três listas que alcançaram maior número de votos.

Este sistema tem permitido maiorias sólidas na assembleia nacional francesa, regra geral em consonância com a família política do presidente em exercício, com excepção de dois únicos momentos.

Os resultados agora verificados vão no caminho de uma garantia, a de de Macron vai ter de lidar com um governo de sinal contrário, sendo que a lógica é a de que este venha a ser sustentado por uma maioria confortável no órgão do qual emana o poder legislativo.

No entanto, em política, sobretudo nos tempos que correm, nem sempre a lógica se confirma como um valor absoluto.

A chamada direita moderada, também designada por centro-direita, que engloba os partidos centristas, dos quais faz parte a base de apoio do actual presidente francês, os liberais e aqueles que têm a sua génese nas democracias cristãs que emergiram no final da segunda guerra, permitiu-se ficar refém das linhas vermelhas traçadas pela esquerda mais radical e anti-democrática.

E este traçado que em circunstância alguma pode ser pisado, segundo esta tirania que se enraizou nas ditas democracias ocidentais, configura-se na tese de que todas as alianças são possíveis para que a governação dos países não se torne inviável, com excepção de qualquer tipo de aproximação aos partidos que aquela esquerda decretou como sendo de extrema-direita.

Em Portugal, esta........

© Jornal SOL


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